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Projeto Japaratuba em Rede participa da Mostra Cine Cariri

  • japaratubaemrede
  • 10 de set. de 2015
  • 3 min de leitura

A Mostra Cine Cariri, que aconteceu nos mesmos dias em que os jovens japaratubenses estiveram na Fundação Casa Grande, tornou a visita técnica ainda mais enriquecedora. Diante de grandes produções cinematográficas e de renomados diretores e produtores de cinema, os jovens entenderam como se dá o surgimento de um roteiro, as atuações dos personagens, os elementos que compõem um filme, a adequação da trilha sonora, técnicas utilizadas nas filmagens e tantas outras curiosidades levantadas pela plateia presente, composta por especialistas na área, estudantes e a comunidade em geral de Nova Olinda. Mas, acima de tudo, a participação na mostra possibilitou a ampliação do repertório cultural e a observação da arte do cinema para além de um instrumento de entretenimento, mas também de reflexão.

No Teatro Violeta Arraes – Engenho de Artes Cênicas, mais um belo espaço da Fundação Casa Grande, e que traz importantes referências regionais na sua estrutura, os estudantes acompanharam as exibições e os debates em torno das obras apresentadas. Cada uma propunha uma reflexão diferenciada, mas que sempre estimulava nos jovens diferentes olhares sobre um mesmo tema, além de coletarem informações e estabelecerem novos contatos.

Dentro da programação da Mostra, o documentário Tarja Branca, do diretor Cacau Rhoden, chamou atenção dos jovens do projeto Japaratuba em Rede. O filme traz, a partir dos depoimentos de pessoas de gerações, origens e profissões diferentes, a pluralidade do ato de brincar, e como o homem pode se relacionar com a criança que existe dentro dele. Por meio de reflexões, o filme revela as mais diversas maneiras de como a brincadeira, ação tão primordial e intrinsecamente ligada ao ser humano, pode estar relacionada com o comportamento do homem contemporâneo e seu espírito lúdico. Nessa perspectiva, o filme também faz um recorte especial sobre a cultura popular ao se referir a ela como grandes brincadeiras e aos integrantes dos grupos de cultura popular como brincantes, através de argumentos que relacionam identidade, ser você mesmo, encanto e magia ao ato de brincar.

Ligados a movimentos culturais do município de Japaratuba, os jovens identificaram na abordagem do filme o que vivem em seus grupos. Para Felipe Ferreira, integrante da Quadrilha Cangaceiros da Boa e do grupo de Teatro Canudos em Movimento, a essência dos grupos culturais sempre foi e sempre será a brincadeira. “Gosto tanto do que eu faço que me sinto brincando quando estou dançando quadrilha, por exemplo. Sem falar que a movimentação, o colorido, a simplicidade e a naturalidade com que fazemos tudo isso lembram as brincadeiras”, conta Felipe.

Nos encontros realizados pelo projeto Japaratuba em Rede, discutir sobre a cultura popular e disseminá-la como uma brincadeira prazerosa é fundamental e essa proposta o coordenador Marcelo Rangel fez questão de compartilhar com o público. “Participar da exibição e do debate do filme Tarja Branca, foi como uma mão na luva. O que a gente viu no filme envolveu uma série de questões e discussões que levamos para as atividades do projeto sobre a cultura popular, sobre o prazer do brincar, sobre a maneira de ver o mundo e como nos tornar agentes de um mundo melhor, que é aquilo que o projeto Japaratuba em Rede pretende. Foi impressionante como esse filme ilustrou muitas das questões abordadas pelo projeto. As discursões sobre a formação, os hábitos e gostos culturais foram exatamente enriquecidas pelo filme”, avalia Marcelo.

A Mostra Cine Cariri, realizada pela Fundação Casa Grande, pelo Ministério da Cultura e pelo Governo Federal, trouxe também a exibição de outros filmes e o contato com outros diretores, como Guel Arraes, diretor do ‘Auto da Compadecida’, Jorge Furtado, diretor de ‘Ilha das Flores’, e Carolina Jabour, diretora de ‘Boa Sorte’, além de conversas com outros profissionais da área do audiovisual, a exemplo dos jovens que integram a TV Casa Grande, que após ser lacrada pela ANATEL em 2000, funciona como um estúdio de produção de vídeos, curtas e documentários que são exibidos pelas TVs comerciais e espaços culturais alternativos. A TV Casa Grande produz semanalmente a série documental ‘100 Canal’, que vai ao ar antes das sessões de cinema e espetáculos no Teatro Violeta Arraes. Sua equipe é formada por crianças e jovens que recebem formação nas áreas de gestão, produção, iluminação, câmera e edição.


 
 
 

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